A exposição “Joias para a Democracia” é um dos eventos principais da Bienal, a inaugurar em abril de 2024 no Museu do Tesouro Real, em Lisboa. Esta iniciativa é um desafio lançado aos joalheiros membros da PIN para criarem uma joia para uma mulher que se tenha distinguido na luta pela democracia e valores democráticos. 

Nos festejos da Revolução iremos certamente falar de muitos homens, dos capitães de Abril aos políticos que lideraram o regime. Este projeto visa salientar o papel das mulheres que pelo seu próprio trabalho ou pelas funções que desempenharam a acompanhar os maridos em altos cargos, participaram na construção da democracia ou sofreram especialmente com a ditadura na sua vida pessoal, familiar ou profissional, nomeadamente as mulheres artistas. Assumindo que a joia é, nos nossos tempos, um objeto ainda muito ligado ao feminino, queremos homenagear estas mulheres cuja vida se inscreve também na história da democracia portuguesa e mundial. Estas peças serão expostas no Museu do Tesouro Real e será atribuído um prémio a três peças, escolhidas por um júri a designar. 

As mulheres a homenagear são totalmente da escolha dos autores: podem ter tido funções políticas ou não, podem ter acompanhado os maridos em funções políticas, mulheres anónimas, familiares ou figuras públicas, artistas, escritoras, educadoras, ativistas, etc. Em termos temporais, a escolha deveria recair em alguém que tenha exercido a sua atividade entre a Crise Académica de 1962 e a adesão à CEE em 1986 ou alguém que tenha especialmente sofrido/lutado contra a ditadura, seja pela limitação dos direitos ou perseguição política. Houve, no entanto, alguma flexibilidade nas datas. Além de mulheres portuguesas serão também homenageadas algumas mulheres que, noutras geografias, defenderam, sofreram e lutaram pelos mesmos ideais.

FICHA TÉCNICA

Curadoria: Marta Costa Reis / Design Expositivo: Mónica Taipina / Apoio Técnico Especializado: Rui Silva / Design Gráfico: Studio On Pluto

Artistas Participantes:

Alexandra Serpa Pimentel;  Miriam Mirna Korolkovas; Teresa Milheiro; Teresa Dantas; Joana Santos; Carla Castiajo; Isa Duarte Ribeiro; Inês Vespeira de Almeida; Paula  Castro; Lúcia Abdenur; Catarina Silva; Ana Margarida Carvalho; Tereza Seabra; Pilar Andaluz; Cristina Nuño; Miriam Pappalardo; Renata Meirelles; Ana Albuquerque; Nicole Uurbanus; Ana Pina; Viktoria Austmeyer; Carlos Silva; Cláudia Schlabitz; Dulce Ferraz; Luis Torres; Leticia Costa; Áurea Praga; Manuela Sousa; Zélia Nobre; Valentim Quaresma; Joana Albuquerque; Typhaine Le Monnier; Maria José Oliveira; Ana Calbucci; Anton Kuzmin; Inês Nunes; Telma Aguiar; Kaia Ansip; Kika Rufino; Vivianne  Kiritani; Sandra Frias; Francesca Santo Subito; Ana Campos; Iris Hummer; Maria Benedita; Luisa Quartin; Sunhi Jaeger; Ana Cardim; Diana Silva; Camilla Prey; Sónia Brum; Susana Gorjão; Renata Porto; Elena Larrén; Marília Maria Mira; Lia Morais; António Rosário; Eugénia Quartin; Bárbara Macedo.

Mulheres Homenageadas:

Helena Almeida; Marina Silva; Natália Correia; Paula Rego; Lourdes Castro; Judith Teixeira; Maria Manuel Viana; Cesina Bermudes; mulheres operárias; Zuzu Angel; Aurora Rodrigues; Sophia de Mello Breyner Andresen; Catarina Eufémia; Maria Helena Vieira da Silva; Maria Antónia Palla; Lucia Murat de Vasconcelos; Lina Bo Bardi; Celeste Caeiro; Clara Menéres; Elza Soares; Ana Hatherly; Maria Teresa Horta; Elis Regina; Maria Barroso; Maria Antónia Fiadeiro; mulheres em geral; mulheres anónimas; Maria de Lourdes Pintassilgo; Movimento Democrático das Mulheres; mãe da artista; Maria Lamas; Graça Costa Cabral; Marielle Franco; Yelena Osipova; Snu Abecassis; Anna Bella Geiger; Bertha Lutz; mulheres da resistência italiana; Madalena Cabral; Maria Aranha; Johanna Dohnal; Margarida Gil; Zita Seabra; Sophie Scholl; 3 Marias; Odete Santos; Maria da Conceição Coelho da Paz; mulheres a salto; Titina Silá; Manuela Eanes; Clarice Herzog; avós da artista.

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